Descrição da doença:
O botulismo clássico é uma intoxicação grave, de origem alimentar, caracterizada por comprometimento agudo e bilateral de pares cranianos, fraqueza e paralisia flácida das vias descendentes.
Causas:
Ele é causado pelas toxinas do bacilo anaeróbico Clotridium botulinun.
Transmissão:
O botulismo clássico (alimentar) é adquirido através da ingestão de alimentos contaminados com a toxina botulínica. Nos produtos alimentícios preparados ou conservados por métodos que não destroem os esporos do Clotridium botulinun, ocorre a formação das toxinas.
Principais sinais e sintomas:
Pode estar acompanhado, inicialmente, de diplopia (visão dupla), boca seca, disfagia (dificuldade de deglutição), disfonia (distúrbio da voz) e fraqueza muscular progressiva, que evolui para paralisia respiratória. Tremores e vômitos também podem aparecer. O botulismo do lactente atinge, principalmente, menores de 1 ano, e, ocasionalmente adultos; caracteriza-se por tremores, hipotonia (flacidez muscular), inapetência (falta de apetite), disfagia e pode evoluir para insuficiência e parada respiratórias.
Evolução:
Podem ocorrer complicações como pneumonia por aspiração, infecção e paralisia respiratória, levando ao óbito. O botulismo do lactente é responsável por 5% das mortes súbitas nesse grupo.
Tratamento:
O paciente deverá ser encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo, para tratar a insuficiência respiratória aguda e receber tratamento suporte às complicações. Quando disponível, poderá ser utilizada a antitoxina botulínica trivalente. Seu uso não é recomendado em crianças.
Prevenção:
É importante não consumir alimentos que estejam em latas com tampas estufadas ou com odor rançoso. As pessoas que preparam enlatados e conservas caseiras devem conhecer as técnicas de conservação: tempo, preparo e temperatura adequada para destruição dos esporos do bacilo do botulismo.
Fonte: Centro Nacional de Epidemiologia- Ministério da Saúde.