Diabetes Tipo 1


Descrição da doença:
Ocasionada pela ausência ou insuficiência de produção de insulina no organismo. Geralmente, a pessoa precisa de injeções diárias de medicamento.

Causa:
O próprio corpo destrói, por engano, as células beta do pâncreas produtoras de insulina, porque o organismo acha que são elementos estranhos. Isso é chamado de resposta auto-imune. Não se sabe exatamente por que isso acontece, mas alguns fatores como a genética, os auto-anticorpos, os vírus, os radicais livres do oxigênio e, em alguns casos, até mesmo o leite de vaca podem estar ligados ao desenvolvimento do diabetes tipo 1.

Principais sinais e sintomas:
Pessoas com níveis mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
Muita sede;
Vontade de urinar diversas vezes;
Perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o habitual);
Fome exagerada;
Visão embaçada;
Infecções repetidas na pele ou mucosas;
Machucados que demoram a cicatrizar;
Fadiga (cansaço inexplicável);
Dores nas pernas por causa da má circulação.

Complicações:
O não tratamento da doença, ou seu tratamento incorreto,faz com que o diabetes evolua para outros males crônicos, tais como:

- Retinopatia diabética: Lesões que aparecem na camada mais interna dos olhos (retina), levando a sangramentos e perda da acuidade visual.

- Nefropatia diabética: Alterações dos vasos sangüíneos dos rins que provocam perda de proteína pela urina e compromete o bom funcionamento dos rins.

- Neuropatia diabética: Neste caso, os nervos podem ficar incapazes de emitir as mensagens do cérebro, podem emiti-las na hora errada ou muito lentamente, o que causa formigamentos, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos, dores locais, fraqueza, atrofia muscular, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência.

- Pé Diabético: Como as pessoas com diabetes podem ter lesões nos nervos (neuropatia) e má circulação sanguínea, precisam ficar atentos a qualquer ferimento principalmente nos membros inferiores. Os pés são mais vulneráveis e por isso merecem atenção especial. O aparecimento de úlceras, com ou sem infecção, podem comprometer o membro afetado até um ponto em que se torna necessária sua amputação.

- Infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (derrames): Essas complicações ocorrem quando grandes vasos sanguíneos são afetados e causam obstrução de órgãos vitais como o coração e o cérebro.

- Infecções: O sistema imunológico também pode ser afetado pela alteração do metabolismo da glicose característica do diabetes, aumentando o risco de contrair algumas infecções. Para piorar a situação, o alto índice de açúcar no sangue é terreno ideal para alguns invasores (fungos, bactérias, etc.). Portanto, áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e incisões cirúrgicas estão sujeitos a este risco. Ferimentos em geral podem se tornar verdadeiras portas de entrada.

Tratamento:
Para o diabetes tipo 1, na maioria dos casos, é necessária a aplicação diária de insulina, uma vez que o organismo não produz mais o hormônio. Dieta específica e exercícios físicos são complementos do tratamento. A quantidade de insulina aplicada dependerá do nível glicêmico. A alimentação é fator de aumento da glicemia, enquanto os exercícios físicos baixam estes níveis, diminuindo, assim, a necessidade de insulina.

Prevenção:
Consiste basicamente em manter hábitos de vida saudáveis, o que inclui a prática de atividades físicas e alimentação balanceada.

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes.

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