Descrição da doença:
Doença viral aguda com infecções assintomáticas, sintomáticas e formas graves fulminantes.
Causa:
A inflamação no fígado é causada pelo vírus da hepatite B (HBV).
Transmissão:
Através de transfusões de sangue, agulhas ou seringas compartilhadas com portadores da doença, tatuagens, procedimentos odontológicos, cirúrgicos e de hemodiálise, relações sexuais sem preservativo ou ainda pela transmissão vertical (de mãe para filho). A gestante transmite o vírus ao filho, quase sempre na hora do parto, pela mistura do seu sangue com o do bebê.
Principais sinais e sintomas:
Freqüentemente, os sinais da hepatite B, assim como a do tipo C, podem não aparecer e grande parte dos infectados só descobre que tem a doença após anos e muitas vezes por acaso sem antes desconfiar que têm a doença. Quando os sinais e sintomas aparecem são similares aos da hepatite A: mal-estar, dor de cabeça, febre baixa, falta de apetite, fadiga, náuseas, vômitos e dor abdominal. Depois, surge normalmente uma coloração amarelada da pele (icterícia), a urina fica escura e as fezes perdem a coloração. Em 95% dos casos os sinais e sintomas tendem a desaparecer após uns 15 dias.
Algumas pessoas podem desenvolver a forma crônica, que combinada com o uso de bebidas alcoólicas, há o risco de evoluir para câncer de fígado ou cirrose ao longo de anos.
A forma fulminante, que mata em até 60% dos casos, acomete uma baixa parcela dos pacientes, cerca de 1%.
Tratamento:
Não existe um tratamento específico. São usados medicamentos apenas para amenizar os sintomas. No caso das formas fulminantes e em algumas complicações das crônicas exige-se acompanhamento médico e até internação.
Prevenção:
A incidência de hepatite B é maior em adolescentes e adultos jovens, quando iniciam a atividade sexual, e em recém-nascidos de mães portadoras do vírus. Por isso, a importância da vacina contra a doença. Devem ser vacinados todos os recém-nascidos e adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença.
O uso de preservativo nas relações sexuais e seringas descartáveis são medidas preventivas básicas. As pessoas que sabem que ficaram expostas ao vírus devem receber uma espécie de soro (gamaglobulina) o quanto antes, para diminuir as chances ou a intensidade da doença. O mesmo deve ser feito com recém-nascidos, filhos de mães portadoras do vírus.
Fonte: Fiocruz, Centro Nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde