Descrição da doença:
Doença infecciosa aguda, transmitida pela urina de ratos, ratazanas e camundongos.
Causa:
Bactéria Leptospira interrogans.
Transmissão:
Os animais portadores da doença, em geral roedores, eliminam a bactéria pela urina. Esse dejeto se mistura à água parada do esgoto e em casos de enchentes, o risco das pessoas entrarem em contato com essa água é maior. Nesse caso, a bactéria Leptospira pode penetrar no organismo através de pequenos ferimentos ou pelas mucosas do nariz e da boca.
Outra forma de contrair a doença é pela ingestão de alimentos contaminados pela urina de animais roedores infectados: como o rato de esgoto (Rattus novergicus). Animais domésticos, como cães e gatos podem ser portadores da leptospirose, mas a contaminação de uma pessoa para outra é muito pouco provável.
Principais sinais e sintomas:
Os sintomas aparecem entre dois e 30 dias após a infecção. Pode ocorrer febre alta, dor muscular intensa, dor de cabeça constante e acentuada, náuseas, vômitos e diarréias que podem levar à desidratação. É comum o surgimento de manchas vermelhas pelo corpo, olhos acentuadamente avermelhados e, na forma mais grave, pode provocar icterícia e meningite. A evolução para a morte pode ocorrer em cerca de 10% das formas graves.
Tratamento:
É feito basicamente com hidratação. Medicamentos para dor ou para febre que contenham ácido acetil-salicílico podem aumentar o risco de sangramentos e não devem ser usados. Os antiinflamatórios também devem ser evitados. Quando a doença é diagnosticada até o quarto dia, o paciente é tratado com antibióticos que diminuem as chances de evolução para a forma mais grave. As pessoas sem icterícia podem ser cuidadas em casa, enquanto as que apresentam meningite ou icterícia devem ser internadas.
Prevenção:
Controle de roedores (anti-ratização e desratização) e melhorias das condições higiênico-sanitárias da população. Deve-se evitar o contato com a água das enchentes, jogar fora todas as frutas e verduras atingidas pela inundação e lavar bem os armários da cozinha e os enlatados.
Fonte: Fiocruz e Centro Nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde.