Pancreatite Aguda


Descrição da doença:
É uma inflamação aguda do pâncreas que pode variar em sua apresentação desde leve a letal. A principal característica da doença é dor abdominal intensa, geralmente, de início súbito, que se estende até as costas.

As mulheres apresentam pancreatite aguda causada por cálculos biliares cerca de uma vez e meia mais freqüentemente que os homens. Já os homens são acometidos pela pancreatite alcoólica seis vezes mais que as mulheres.

Causa/Fator de Risco:
A pancreatite aguda não é uma doença transmissível. Nos casos gerados por cálculos biliares, o que causa a inflamação no pâncreas é a obstrução do ducto pancreático, por exemplo, por um cálculo biliar, que interrompe o fluxo pancreático. Geralmente, a obstrução é temporária e causa dano limitado, que é logo reparado. Porém, a obstrução pode persistir, ocorrendo um acúmulo das enzimas ativadas no pâncreas, causando uma grave inflamação.

Os cálculos biliares e o alcoolismo são responsáveis por, aproximadamente, 80% das internações hospitalares devidas à pancreatite aguda.

Sinais e sintomas:
O primeiro sintoma da pancreatite aguda é a dor intensa no meio do abdômen, freqüentemente 12 a 24 horas após um excesso de ingestão alimentar ou de bebida alcoólica. A dor irradia para as costas e piora ao caminhar ou deitar. A posição sentada ereta e a inclinação para frente podem aliviar a dor. É comum o paciente com pancreatite sentir náusea seguida de vômito, muitas vezes chegando a apresentar vômito seco, ou seja, sem eliminação de qualquer conteúdo. Alguns podem não ter nenhum sintoma.

No inicio a temperatura corpórea pode ser normal, mas ela pode aumentar em algumas horas. A pressão arterial tende a cair quando o paciente fica de pé, podendo provocar desmaio.

Diagnóstico e Tratamento:
O médico suspeita de pancreatite aguda quando o paciente apresenta dor abdominal intensa e principalmente, sofre de colecistopatia (doença da vesícula biliar) ou abusa do consumo de álcool. Para confirmar a doença o médico observa a rigidez da musculatura abdominal e com o auxilio do estetoscópio, verifica se há redução dos ruídos intestinais.

Além do exame clínico, alguns exames laboratoriais auxiliam no diagnóstico: dosagem de cálcio no sangue, teste de glicose e amilase do sangue, hemograma completo, exame de urina, entre outros. O médico também pode solicitar radiografia do abdômen e tórax para confirmar se os sintomas são causados pela pancreatite ou por outros problemas com sintomas semelhantes. Outros testes de imagem podem ser solicitados para descobrir mudanças no tamanho do pâncreas.

Cerca de 80% dos doentes tem evolução favorável e o problema pode ser resolvido em poucos dias ou uma semana.

O paciente com pancreatite aguda leve deve evitar a ingestão de alimentos e de água para diminuir a quantidade de enzimas que o pâncreas produz. Os líquidos e nutrientes são administrados ao paciente através da via intravenosa.

A pancreatite aguda é considerada grave quando há infecção e necrose do pâncreas inflamado. Nesse caso, o paciente fica internado na unidade de tratamento intensivo e é realizada uma cirurgia para a retirada do material deteriorado.

Prevenção:
Seguir uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, controlar o peso e evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas são medidas de prevenção da pancreatite aguda.

Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde

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