Descrição da doença:
Doença infecciosa, não transmissível de pessoa para pessoa, causada por uma bactéria.
Causa:
Bactéria Clostridium tetani.
Transmissão:
Os esporos da bactéria precisam de uma porta de entrada para o nosso organismo, habitualmente é um ferimento por onde o objeto cortante, sujo de terra, poeira da rua ou fezes, contaminados com o bacilo, penetra. Queimaduras também podem ser portas de entrada devido à desvitalização dos tecidos. A bactéria se desenvolve no local do ferimento onde libera uma potente toxina, a tetanospasmina, que age nas células do sistema nervoso.
Principais sinais e sintomas:
A toxina causa rigidez muscular em diversas regiões do corpo. Os espasmos musculares atingem os músculos da cabeça, mandíbula, pescoço e depois do tronco. Em vários casos, o paciente apresenta contrações musculares generalizados, dificuldade de deglutição, sudorese abundante (aumento excessivo do suor), arritmia cardíaca e irritabilidade constante. Os espasmos podem persistir por semanas e, a cura, quando ocorre, pode demorar meses.
Evolução:
Como conseqüência dos espasmos musculares generalizados, que podem persistir por muitos dias, o paciente pode apresentar fraturas ósseas, alterações cárdio vasculares (hipertensão, parada cardíaca), disfunção respiratória, infecções secundárias, taquicardia e lesões neurológicas (hemorragias e edema cerebral).
Tratamento:
O enfermo deve ser internado em quarto silencioso e em penumbra, com redução máxima dos estímulos auditivos, visuais e táteis. São usados sedativos (benzodiazepínicos), relaxantes musculares, soro antitetânico (SAT) ou gamaglobulina (IGAT) e antibioticoterapia. É necessário manter as vias respiratórias do paciente livres e, nas formas mais graves, a pessoa deve ser encaminhada a uma unidade de terapia intensiva.
Prevenção:
A doença deve ser evitada, pois o tratamento com sedativos, relaxantes musculares e soro antitetânico nem sempre proporciona o alívio desejado. A melhor maneira de prevenir a doença é tomar a vacina corretamente. A vacina recomendada neste caso é a toxóide tetânico, componente da vacina tríplice (DPT - difteria, tétano, coqueluche). Deve se fazer um reforço da vacina antitetânica a cada 10 anos. Ferimentos superficiais da pele devem ser bem limpos e tratados com extremo cuidado.
Fonte: Centro Nacional de Epidemiologia- Ministério da Saúde.